Em 2017, o efetivo de bovinos no país foi de 214,9 milhões de cabeças, redução de 1,5% frente a 2016. O Centro-Oeste permaneceu na liderança entre as regiões, com 34,5% do total nacional. Mato Grosso teve a maior participação entre as unidades da federação (13,8% do efetivo nacional). Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações.
A produção de leite em 2017 totalizou 33,5 bilhões de litros, recuo de 0,5% em relação a 2016. Minas Gerais liderou, com 26,6% da produção nacional. Entre os municípios, Castro (PR) foi o maior produtor. A produtividade, o número médio de litros de leite obtido no ano por cabeça, foi de 1.963 litros no país em 2017. O Sul (3.284 litros/cabeça) registrou a melhor média. Entre os municípios, Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR) registraram maior produtividade.
O total de galináceos foi de 1,4 bilhões de cabeças. Paraná (25,3%), São Paulo (14,0%) e Rio Grande do Sul (11,0%) tiveram as maiores participações. A produção nacional de ovos de galinha totalizou 4,2 bilhões de dúzias em 2017, 11,6% superior ao obtido em 2016. São Paulo (26,4%) e Paraná (9,6%) foram os maiores produtores. Já o efetivo de codornas foi de 15,5 milhões de cabeças, acréscimo de 12,0% frente a 2016.
O efetivo de suínos foi de 41,1 milhões de cabeças, expansão de 3,0% em comparação com 2016. Santa Catarina (19,7%), Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (14,6%) foram as UFs com maiores participações. Toledo (PR), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG) foram os municípios com os maiores efetivos.
A produção de peixes totalizou 485,2 mil toneladas em 2017, resultado 2,6% menor ao obtido em 2016. Paraná (20,2%), São Paulo (9,8%) e Rondônia (8,2%) tiveram as maiores participações. Entre os municípios, Nova Aurora (PR) liderou a produção nacional. A principal espécie produzida no país foi a tilápia, com 283,2 mil toneladas, representando 58,4% da piscicultura.
A produção de camarão foi de 41,0 mil toneladas, recuo de 21,4% frente a 2016. Rio Grande do Norte (37,7%) e Ceará (28,9%) foram os maiores produtores. Aracati (CE), foi o município com maior participação.
A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017, aumento de 0,5% em relação a 2016. Santa Catarina (98,1% da produção nacional) foi o principal estado produtor e Palhoça (SC), Florianópolis (SC) e Bombinhas (SC) foram os municípios com maiores participações.
A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos em 2017, com destaque para Bahia. A atividade de produção de lã foi quase toda concentrada na região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, que respondeu por 94,1% do total nacional.
A produção de mel em 2017 foi de 41,6 mil toneladas de mel, aumento de 5,0% em comparação com 2016.
Os resultados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2017. A publicação e os materiais de apoio da pesquisa estão nesta página.
Centro-Oeste concentra 34,5% de rebanho bovino e Mato Grosso lidera entre as UFs
Em 2017 o efetivo de bovinos no Brasil foi de 214,9 milhões de cabeças, queda de 1,5% com relação a 2016, que foi ano recorde da série histórica, iniciada em 1974. O ano foi marcado por aumento no abate de matrizes, influenciado por baixos preços do bezerro e da arroba.
A região Centro-Oeste apresentou 74,1 milhões de cabeças, respondendo por 34,5% do total nacional em 2017, seguida por Norte (22,6%), Sudeste (17,5%), Nordeste (12,9%) e Sul (12,6%). O Mato Grosso permaneceu como maior produtor entre as UFs (13,8% do total nacional). Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações.
Região norte teve expansão de 28,0% no rebanho bovino nos últimos dez anos
O rebanho bovino continuou apresentando crescimento na região Norte do País, que possui o segundo maior efetivo, sendo a única a apresentar crescimento em 2017, com variação de 1,0% em relação a 2016. De 2007 a 2017, o rebanho bovino cresceu 28,0%, a maior variação entre as regiões no período.
Dentre os dez municípios que mais expandiram seus rebanhos em números absolutos nos últimos dez anos, sete encontravam-se no Pará. E dos 20 com os maiores efetivos de bovinos em 2017, 11 estavam no Centro-Oeste e nove no Norte. São Félix do Xingu (PA), líder no efetivo nacional em 2017, teve crescimento do rebanho de 23,6% nos últimos dez anos. Em 2010, o município ultrapassou Corumbá (MS) no ranking municipal.
Rebanho de suínos cresce 3,0% e bate recorde no país em 2017
O rebanho nacional de suínos cresceu 3,0% em 2017 frente a 2016, somando 41,1 milhões de cabeças, o maior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974. A região Sul concentrou o maior efetivo, respondendo por 51,0% do total nacional, seguida por Sudeste (16,8), Centro-Oeste (15,1%), Nordeste (13,2%) e Norte (3,8%).
Do rebanho nacional de suínos, 11,5% eram matrizes (fêmeas destinadas à reprodução). Desse total, 41,5% estava concentrado na região Sul com a seguinte distribuição: Santa Catarina (16,1%), Paraná (13,4%) e Rio Grande do Sul (12,0%). Já entre os municípios, Toledo (PR), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG), lideraram os contingentes tanto de suínos quanto de matrizes de suínos.
Paraná concentra 25,3% do efetivo de galináceos
O efetivo de galináceos foi de 1,4 bilhões de cabeças em 2017, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974, aumento de 6,0% em relação a 2016. A região Sul foi responsável por 47,1%, seguida do Sudeste, com 26,1%. Somente o Paraná abrigou 25,3% do efetivo nacional. Entre os demais destacaram-se: São Paulo (14,0%), Rio Grande do Sul (11,0%), Santa Catarina (10,8%). Esses dois últimos inverteram as posições, na passagem de 2016 para 2017.
Já o efetivo de galinhas totalizou 242,8 milhões de cabeças, aumento de 11,4% em relação a 2016. Sudeste (38,7%) e Sul (26,0%), com aumentos de mais de 10% em relação a 2016, registraram as maiores participações no total nacional. Entre as UFs, São Paulo liderou, respondendo por 21,9%, seguido por Paraná (10,1%), Rio Grande do Sul (8,8%), Minas Gerais (8,7%) e Espírito Santo (7,9%).
Santa Maria de Jetibá (ES) foi o município que apresentou o maior efetivo de galináceos e também, pela primeira vez, de galinhas. Bastos (SP), ficou em segundo lugar em, também, ambos os efetivos. O terceiro maior efetivo municipal de galináceos foi observado em Nova Mutum (MT), enquanto que o de galinhas foi em Itanhandu (MG).
Nordeste abriga 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% de ovinos
A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos em 2017. A criação dessas espécies possui grande importância econômica e social no Nordeste, onde foi possível observar aumento do efetivo nos últimos anos. Este contingente apareceu em maior número na Bahia, que concentrou 30,9% do efetivo de caprinos e 20,9% do rebanho de ovinos nacional. Casa Nova (BA) ficou com a primeira posição no ranking municipal com os maiores efetivos das duas espécies.
A atividade de tosquia de ovinos, por sua vez, permaneceu predominante na região Sul, responsável por 99,0% da produção de lã no país em 2017. O Rio Grande do Sul continuou sendo o estado com maior participação nacional, representando 94,1% do total. Os municípios de Santana do Livramento, Alegrete e Quaraí, todos do Rio Grande do Sul, lideraram a atividade.
Sudeste lidera produção de leite e Sul registra maior produtividade
A produção nacional de leite foi de 33,5 bilhões de litros em 2017, recuo de 0,5% frente a 2016. As regiões Sul (35,7%) e Sudeste (34,2%) tiveram as maiores participações. Minas Gerais, com 26,6% da participação nacional, foi o principal produtor entre os estados, liderando também o efetivo de vacas ordenhadas (20,0%). Entre os municípios, Castro (PR) liderou, com 264,0 milhões de litros produzidos, uma diferença de mais de 70 milhões de litros para o segundo colocado, Patos de Minas, que produziu 191,3 milhões.
A comparação entre os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Pesquisa Trimestral do Leite mostrou que 72,7% do leite produzido no país passaram por inspeção sanitária.
Em relação ao número de vacas ordenhadas, a região Sudeste liderou com 30,4% de participação nacional, no entanto, o Sul, com 21,4% da participação, obteve a maior produtividade, ou seja, o número médio de litros de leite obtido no ano por cabeça. No Sudeste a média foi de 2.209 litros enquanto que o Sul registrou 3.284 litros. A média nacional foi de 1.963 litros em 2017, expansão de 14,7% frente a 2016. Entre os municípios, Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR) registraram maior produtividade.
O preço médio nacional do leite em 2017 ficou em R$ 1,1/litro, uma queda de 5,6% em relação a 2016, ano que registrou o maior valor da série histórica ocasionado principalmente pela queda na produção e competição pelo produto por parte da indústria. O valor de produção no ano gerado na atividade foi de R$ 37,1 bilhões.
Produção de ovos de galinha cresce 11,6% em 2017
A produção nacional de ovos de galinha em 2017 foi de 4,2 bilhões de dúzias, 11,6% superior ao obtido em 2016, gerando um rendimento de R$ 13,5 bilhões. Destaca-se que com as operações do Censo Agropecuário realizado em 2017 foram encontradas novas granjas com grande capacidade de alojamento e de produção de ovos, levando ao aumento da estimativa pelo IBGE.
A região Sudeste (44,8% do total nacional) foi a maior produtora, seguida pelo Sul (24,1%). Entre as UFS, São Paulo liderou, com 26,4% da produção, seguido pelo Paraná (9,6%). Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) se tornou o principal município produtor, posição ocupada por Bastos (SP) até o ano de 2016. Bastos (SP) ocupou agora a segunda posição, seguido por Primavera do Leste (MT).
Produção de mel cresce 5% e ocorre em 3.879 municípios
Em 2017 foram produzidas 41,6 mil toneladas de mel de abelha em 3.879 municípios no país, um aumento de 5,0% na produção nacional em relação ao ano anterior, registrando o segundo maior valor da série histórica, iniciada em 1974 (em 2011 o total foi de 41,8 mil toneladas). A produção ocorreu em 3.879 municípios e foi estimada em R$ 513,9 milhões.
A região Sul foi a principal produtora de mel, respondendo por 39,7% do total nacional. A região Nordeste, favorecida pelo aumento da ocorrência de chuvas, após seis anos consecutivos de estiagem, também se destacou, subindo sua participação para 30,7% da produção nacional de mel em 2017, contra 26,2% em 2016.
Entre as UFs com maior participação na produção nacional em 2017 destacaram-se: Rio Grande do Sul (15,2%), Paraná (14,3%), Minas Gerais (10,9%), Piauí (10,6%) e Santa Catarina (10,2%). Já entre os municípios, Ortigueira (PR), Itatinga (SP) e Campo Alegre de Lourdes (BA) lideraram o ranking.
Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos (SP) e Castro (PR) lideram em valor de produção
Dentre os produtos analisados pela pesquisa (com exceção da produção da aquicultura) ovos de galinha e leite de vaca tiveram destaque em valor de produção em 2017. Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor de produção entre todos os municípios, com R$ 931,3 milhões. Desse total, 95,3% foi proveniente da venda de ovos de galinha. Bastos (SP) ficou em segundo lugar, com R$ 841,8 milhões, sendo 96,2% correspondente também à venda de ovos de galinha. Em terceiro lugar ficou Castro (PR), que alcançou R$ 322,9 milhões, sendo 98,1% do total originado da venda de leite de vaca.
Piscicultura recua 2,6%, mas mantém crescimento no Nordeste, Sul e Centro-Oeste
A produção da piscicultura no país totalizou 485,2 mil toneladas em 2017, queda de 2,6% em relação a 2016. A produção cresceu nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste e caiu na Região Norte, líder no ranking até ano passado.
O Paraná assumiu a liderança entre as UFS, após aumento considerável na despesca, sobretudo no Oeste do estado, onde a atividade vem sendo estimulada por fatores estruturais. Em seguida, apareceram São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. Nova Aurora (PR) foi o principal município produtor, seguido de Aparecida do Taboado (MS), Glória (BA) e Morada Nova de Minas (MG).
Tilápia é a principal espécie de peixe criada no País
A tilápia permaneceu como a espécie mais criada no Brasil em 2017, representando agora mais da metade do total da piscicultura: 58,4%. A região Sul continuou sendo a maior produtora de tilápia, com 42,0% da criação nacional, seguida por Sudeste e Nordeste. Paraná, São Paulo e Minas Gerais foram os maiores estados produtores. Entre os municípios, lideraram: Nova Aurora (PR), Aparecida do Taboado (MS) e Glória (BA)
O tambaqui, com 18,2%, se manteve como a segunda espécie mais criada. Mesmo com queda, a região Norte permaneceu como a maior produtora da espécie. Entre as UFs com maior participação na produção nacional destacaram-se Rondônia, Maranhão e Roraima. Amajari (RR) foi o município com a maior produção, seguido por Almas (TO) e Ariquemes (RO).
Produção de camarão é afetada por Vírus da Mancha Branca e cai mais de 20%
A produção de camarão foi de 41,0 mil toneladas em 2017, recuo de 21,4% em relação a 2016. A região Nordeste respondeu por quase toda a produção do país, com 98,8% do total. Entre as UFS destacaram-se: Rio Grande do Norte (37,7%), que passou a liderar o ranking após a produção do Ceará passar de 48,8% em 2016 para 28,9% em 2017.
A criação de camarões em ambas as UFS vem sendo afetada por uma praga causada pelo Vírus da Síndrome da Mancha Branca, cujo manejo envolve medidas que reduzem a produtividade e o retorno econômico da atividade. No ranking municipal, mesmo com queda, Aracati (CE) se manteve como maior produtor, seguido de Canguaretama (RN) e Arês (RN).
Santa Catarina concentra 98,1% da produção de ostras, vieiras e mexilhões
A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017, aumento de 0,5% em relação a 2016. Santa Catarina foi o principal estado produtor, responsável por 98,1% da produção nacional. Palhoça (SC), Florianópolis (SC) e Bombinhas (SC) lideraram o ranking dos municípios.
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